17 dicas da Quercus para um Natal mais sustentável

O Natal já está aí à porta e a Quercus resolveu fazer uma pequena lista para tornar-mos o nosso natal mais sustentável!

Decoração

1. Quem optou por uma árvore natural em vaso deverá tentar que seja de uma espécie autóctone e proveniente de um viveiro legal. Esta opção permite que, após uma ou mais utilizações, a árvore possa ser plantada no solo. Alguns viveiros já efectuam o aluguer de pinheiros e de outras árvores apenas por um período específico e essa poderá ser uma boa opção para quem não pretende manter a árvore por muito tempo.

Outra excelente opção passa por usar como árvore de Natal os ramos provenientes de podas e cortes feitos na floresta de forma responsável, na medida em que estes não implicam o corte ou o abate de árvores, podendo estes resíduos ser compostados após o Natal.

2. Para a decoração de Natal, não devem ser utilizados elementos naturais provenientes de espécies em perigo, como o azevinho silvestre; em alternativa deve procurar-se os viveiros autorizados que produzam artificialmente esta planta em vaso, tentando usá-la viva. No entanto, a escolha deve recair sobretudo sobre outras plantas não ameaçadas, privilegiando os elementos também provenientes de podas e cortes feitos de forma responsável e que garantam a sobrevivência futura desses espécimes.

A alternativa poderá passar por uma decoração artificial, apostando-se no uso de materiais resistentes, de forma a que se possam reutilizar no futuro.

3. Os enfeites e adereços natalícios devem ser bem mantidos e guardados até ao próximo ano, de modo a permitir a sua reutilização; uma boa ideia para renovar a decoração é promover a troca de enfeites entre familiares ou amigos no próximo Natal.

4.- Quanto à iluminação, seja da árvore ou da varanda, apesar de já ser maioritariamente de tecnologia LED, deve ser utilizada de forma racional, desligando-se durante a noite ou quando não está ninguém em casa;

Presentes

5. Quando viável, devem ser utilizados os transportes públicos nas deslocações às compras, reforçando-se aqui a mais-valia de comprar perto de casa, aproveitando, por exemplo, a cada vez maior ocorrência de feiras e mercados locais;

6. Deve privilegiar-se produtos úteis, duráveis, educativos, com pouca embalagem e inócuos em termos de substâncias perigosas;

7. O papel de embrulho e os sacos para as prendas devem ser reutilizados sempre que possível;

8. Na oferta de:

8.1. Prendas alimentares: a escolha deverá recair sobre produtos de origem nacional (vinhos, azeite, artesanato, doçaria tradicional, frutos secos), sendo de preferir os produzidos em modo de produção biológica;

8.2. Produtos de perfumaria, cosmética ou higiene pessoal: deve-se escolher marcas com produtos naturais, biológicos e que não fazem testes em animais (consultar a listagem disponibilizada pela Liga Portuguesa dos Direitos do Animal).

8.3. Equipamentos eléctricos e electrónicos: é importante pesquisar previamente quais as marcas mais seguras e ambientalmente mais sustentáveis (consultar páginas da Greenpeace e do projecto Topten.pt da Quercus);

9. Quando não se sabe o que oferecer, uma opção poderá ser a oferta de uma inscrição como sócio de associações cívicas (como por exemplo Associações de defesa do Ambiente) ou de um donativo a uma determinada causa ou projeto (apadrinhando um animal selvagem, por exemplo).

Os cheques-prenda são uma boa opção, estando disponíveis em livrarias, teatros; lojas de roupas ou de outros bens.

10. A par das ofertas a familiares e amigos, é possível ajudar quem mais precisa sem gastar dinheiro. Por exemplo, através de campanhas de solidariedade social ou oferecendo objectos sem uso em plataformas de trocas ou doações.
Mesa de Natal

11. De modo a evitar o desperdício de alimentos, deve ser feita uma lista de compras daquilo que é mesmo necessário, tendo em conta o número de pessoas que participam na Ceia ou almoço de Natal.

12. Seja para economizar ou evitar um maior consumo de produtos embalados, o melhor é confeccionar a maior parte dos pratos e sobremesas em casa, privilegiando produtos locais/regionais/nacionais, adquiridos no comércio local e, se possível, de origem biológica e/ou do provenientes de redes de comércio justo.

13. Algumas cooperativas locais promovem a compra de cabazes de produtos locais, privilegiando o contacto directo entre produtor e consumidor, e reduzindo a pegada de carbono destes alimentos.

14. Na altura de pôr a mesa, deve-se optar por louça lavável e atoalhados de tecido, renunciando aos utensílios descartáveis.

Resíduos no sítio certo

15. A filosofia da reutilização deve ser aplicada sempre que possível, desde o papel de embrulho e dos adereços, aos sacos, frascos, caixas e outros recipientes com potencial de reaproveitamento.

16. Entre o que não for possível reaproveitar, deve ser feita a separação selectiva das embalagens – papel/cartão, plástico, metal – embora seja essencial aguardar alguns dias até depositá-las no ecoponto, de modo a evitar acumulações nos contentores.

17. O conselho anterior aplica-se também ao lixo indiferenciado, que deve ser depositado com cautela e apenas em contentores com capacidade, devendo-se antes comprovar que o município está a fazer recolha de lixo durante estes dias; no caso da cidade de Lisboa, por exemplo, este cuidado deve ser redobrado perante a anunciada greve dos serviços higiene e limpeza urbana no Natal.

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