Planeta sem gelo
“Há 56 milhões de anos, um aumento do carbono libertado para a atmosfera contribuiu para a subida da temperatura global num instante geológico, a vida transformou-se para sempre”.
A introdução foi retirada do artigo Planeta sem Gelo da National Geographic de Maio de 2012 onde se fala do fenómeno que ocorreu no fim da era do Paleocénicade que consistiu numa grande libertação de Carbono e estima-se que o carbono libertado foi
igual ao que se liberta na actualidade, mas nessa altura tudo foi natural.
Não se sabe ao certo o que
levou essa libertação maciça de carbono mas pensa-se que teve mais do que uma
origem. No final do Paleocénico, a Europa e a Gronelândia estavam a afastar-se
abrindo assim espaço para o Oceano Atlântico originando grandes erupções vulcânicas.
Fogos florestais poderão ter queimado depósitos de trufas, um cometa girante
colidindo com rochas calcárias também pode ter originado uma grande libertação
de carbono com rapidez mas não existe provas desse impacto ou de qualquer
outras das hipóteses que acima descrevi.
Durante o Eocénico o calor
permitiu que as espécies tropicais migrarem para a direção dos polos e todos os
animais terrestes se misturavam onde acabou por surgir o Primeiro primata do
qual nós descendemos.
Durante o século XVIII, a
queima de combustíveis fósseis já tinha libertado mais de 300 mil milhões de
toneladas de carbono, estima-se que seja que seja menos de uma décimo do que foi
libertado na era paleocénica e muitos cientistas pensam que o aquecimento
provocado pelos combustíveis fósseis pode desencadear uma libertação
descontrolada de metano a partir das profundidades oceânicas e do Polo norte. Não
nos podemos esquecer que o metano na atmosfera provoca um aquecimento mas de
vintes vezes maior do que a molécula do dióxido de carbono e passado uma ou
duas décadas transforma-se em CO por oxidação e continua a reter calor por
muito tempo.
No passado foram precisos
150 mil anos para que os oceanos e as florestas absorveram todo o carbono
existente na atmosfera. Se continuarmos a queimar as nossas reservas de combustíveis
fósseis podemos entrar outra vez nessa Era, mas será que iriamos sobreviver?
Algumas partes deste artigo
foram retiradas do artigo Planeta sem
gelo da Revista National Geographic Portugal nº134 de Maio de 2012.
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