Entrevista à autora do blog 365 coisas que posso fazer…

A primeira entrevista foi em Novembro aos autores do Blog A Linguagem das Folhas, que podem ver aqui.

Hoje é a vez da autora do Blog 365 coisas que posso fazer...

Como surgiu o blog “365 coisas que posso fazer…”?
Já tinha um blogue em banho maria, porque queria aprofundar os meus conhecimentos sobre uma vida mais sustentável, mas andava num impasse. Por mero acaso deparei-me com o livro “Dormir nu é ecológico” da Vanessa Farquharson. Depois de o ler fiquei simultaneamente desapontada e entusiasmada. Desapontada porque estava à espera de soluções práticas e não as encontrei. O livro é mais uma descrição do percurso da Vanessa do que uma explanação das medidas qe tomou. Presumo que tal aconteça no blogue, mas nunca o investiguei porque não queria ficar “colada” a ele... Entusiasmada porque, inspirada pelo seu exemplo e pela sua lista de 366 medidas, decidi-me a mudar, todos os dias, um comportamento ou um hábito menos amigo do ambiente, e a relatá-lo: para mim, para me “obrigar” a cumprir a minha resolução, e para outras pessoas que procurassem soluções mais sustentáveis e também não encontrassem respostas concretas.

Como está a correr este projecto?
Agora está mais a andar devagarinho... Nos primeiros cinco meses do desafio consegui manter o ritmo a que me tinha proposto: uma resolução/post por dia. Depois fiquei com menos tempo para o blogue porque mudanças profissionais e positivas ocorreram (ao contrário da Vanessa, continuei sempre com a minha vida “normal”). Simultaneamente tornei-me mais minuciosa, pesquisando cada tema quase até à exaustão antes de escrever... Senti-me mais responsável por tanta gente ler os meus textos! E entrei num novo ritmo, mais tranquilo. Nos últimos meses, infelizmente, tive que abrandar ainda mais o ritmo, para poder apoiar um familiar próximo que se encontra muito doente. Mal possa voltarei aos meus post quase diários.

Falando do desafio em si, está a ser uma experiência fantástica! Sou uma pessoa diferente, apesar de não parecer à primeira vista: estou muito mais atenta ao impacto das nossas acções no meio ambiente e esforço-me para que aquele seja o menor que me é possível. Além da alteração de hábitos, conheci pessoas incríveis (quer na vida real quer no mundo virtual), que fazem trabalhos fantásticos em prol do ambiente, pude partilhar a minha experiência com crianças, adolescentes e adultos, e sinto-me maravilhada com as pessoas que me escrevem dizendo como o meu blogue as inspirou e contribuiu para mudanças positivas nas suas vidas. Sinto-me humildemente reconhecida por tudo isto.

Como surgiu o teu interesse pela protecção ambiental? 
Quando me fizeram esta pergunta pela primeira vez – e depois de reflectir um pouco – percebi que a minha primeira recordação relativamente a este assunto foi o impacto que teve em mim a leitura de “Beatriz e o Plátano”, onde uma menina luta para impedir que cortem uma árvore. Devia ter uns 6 anos. Depois, o facto de ter andado uns bons anos no escuteiros, contribuiu para conhecer e aprofundar o meu amor pelo “Mundo Natural”. Cada vez estou mais convencida que precisamos de “levar as pessoas à natureza”. Tendo em conta que a maior parte de nós vive em cidades, é fácil desligarmo-nos da Terra. E sem conhecê-la e amá-la, como a vamos defender?

Fazes parte de mais algum projecto ambiental?
Sim, fui sempre bastante participativa - ambientalmente falando - em acções, campanhas, actividades organizadas por várias associações e grupos ambientais. Agora sou sócia (activa) da A.P.V.C. (associação para a protecção do vale do coronado), um grupo de pessoas fantásticas e empenhadas, não só em proteger o vale que dá nome à associação, mas em sensibilizar e intervir num terrirório mais alargado. A última acção que fizémos decorreu na Exponor, onde apresentamos uma série de colóquios relacionados com o ambiente. Eu, por exemplo, falei sobre compostagem e vermicompostagem e sobre alternativas naturais aos produtos de beleza e limpeza.

Obrigada por seres seguidora do meu blog, tens alguma sugestão para melhorá-lo?
O único reparo que posso fazer – e reflecte a minha experiência ao navegar por inúmeros blogues – é sobre as etiquetas. Quanto a mim é mais fácil procurarmos algo se houver um número menor de etiquetas, talvez substituídas por temas? De resto só posso dizer: continuação de bom trabalho e que o “Verdade Verde no Preto” tenha muitos anos de vida!

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